segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Como resolver o problema da Netflix na android tv MXq ou MX9

Olá Amigos!

Se você enfrenta problemas com seu android TV MXq ou Mx9 4K, pois não consegue assistir Netflix, espero poder ajuda-lo.
Passei por vários caminhos até encontrar a solução. Vários sites e até youtube apresentam e afirmam serem aplicativos compativeis e mesmo assim o tal aplicativo insiste em não conectar. Recentemente a Netflix alterou o formato de seu aplicativo para evitar que aparelhos com root possam acessar conteúdo de outros paises após a versão 5.0 do android. É um direito da operadora, mas não temos culpa se o root é uma configuração de um aparelho comprado naturalmente, além do fato de que, eu, como a maior parte dos compradores querem apenas se divertir com o serviço que já pagam.

Bem, se você passou por soluções mágicas, instalou e retirou varias versões de aplicativos Netflix sem sucesso, siga este caminho:

1 - Desinstale o aplicativo Netflix que está em seu aparelho em Configurações => aplicativos;

2 - Agora você pode seguir os próximos passos de duas formas: a) diretamente com o navegador do MXq ou b) use um computador;


4 -Baixe o aplicativo Netflix deste link;

5 - Se você baixou pelo computador, transfira o arquivo para um pendrive e o conecte em uma das saidas USB do MXq, mas se usou o navegador do aparelho, o aplicativo deve ter sido salvo na pasta Downloads;

6 - Agora abra o menu principal do aparelho e acesse o aplicativo APKInstaller. Acredite é melhor usar este instalador do que o nativo do Google;

7 - Direcione o aplicativo para a pasta Download ou para o pendrive e instale o aplicativo novo;

8 - Rode o aplicativo, insira a senha de assinante e bom divertimento.
  
Espero ter ajudado.

Divirtam-se e comentem.









quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Meus Pitacos na Eleição 2016 para Prefeito em São Paulo

Olá Gente!

Reabrindo meu blog gostaria de dar minha opinião bem pessoal, sem pedir que se concorde comigo, mas analisar os principais candidatos do momento até porque alguns já passaram pela experiência.

Luiza Erundina

Gente, quando a Erundina foi prefeita, na época uma tremenda surpresa e revolução, confesso a vocês que nunca havia sentido tamanho conforto para andar de ônibus. Não pelo conforto do ônibus com bancos de plástico, mas sim por estarem vazios. Deixei de andar pendurado em portas abertas para poder sentar com espaço. Milagre? não. Mudança no critério de pagamento. Antes se pagava às empresas de ônibus por passageiro. A Erundina criou a municipalização, uma regionalização por cores, ainda válida hoje e passou a pagar por ônibus disponivel. A idéia funcionou e funcionaria hoje de novo, como sendo um belo atrativo para que as pessoas largassem os carros em casa. O Maluf veio depois e reverteu o formato de pagamento. Tudo voltou ao caos. Não havia greves nas escolas na época da Erundina.

Por outro lado foi uma desgraça para obras públicas. Não sabia nada do assunto. Mandou fechar os tuneis iniciados pelo Janio Quadros e apenas recapeou boa parte das marginais. Não ajustou a saúde que era sua experiência.

Marta Suplicy

A Marta criou o bilhete unico e revolucionou o uso dos Ônibus em São Paulo. Aperfeiçoou o conceito de corredor de ônibus e os criou em séries em avenidas importantes. Criou o conceito de terminais e assim criou o transporte urbano regional de bairros até os terminais e dos terminais ao centro com ligações com metrô.

Inventou a taxa do lixo e da iluminação, além de fabricar em lote escolas de lata em containers. Não conseguiu se reeleger quando foi prefeita, abandonou o PT e hoje como candidata novamente pede desculpas pelas taxas que criou.

João Dória

Empresário, de bom relacionamento, apresenta  boas idéias de reestruturar o trânsito na cidade e no cartão para gestão dos prontuários dos pacientes.

Porém boa intenção não adianta. Todos os dias o que se vê é o candidato cumprindo agenda se apresentando em obras ou para funcionários de empresas que devem ser de amigos. Parece distante da realidade do povo nas ruas. Para ser Prefeito tem que buscar se exibir e suas idéias para a Massa. 

Não tem grandes realizações em seu retrospecto.

Celso Russomano

Empresário. Apareceu na TV após uma desgraça familiar gravando cenas em um famoso hospital que teve problemas de atendimento. Com abertura na TV, se especializou em expor a fragilidade de prestadores de serviço ou comerciantes junto ao público consumidor. Ganhou fama costurando acordos e batendo de frente com alguns que se desagradavam com a presença dele.

Tem mostrado boas idéias com um cartão saúde inteligente, porém a forma de carregar o prontuário informada em propaganda não deixa claro que o preenchimento é mesmo das unidades de saúde ou se do próprio paciente pela internet. 

O carisma indiscutível com o povo já o fez se apresentar na última eleição como favorito a ganhar no primeiro turno, porém a dificuldade de desvincular sua imagem aos interesses do comando da Igreja Universal e acusações de fraco desempenho como deputado, o levaram a perder aquela eleição sem ao menos passar para o segundo turno. Isso parece ainda hoje ser um fantasma para ele agora que novamente vive a liderança folgada no inicio da corrida.

Fernando Haddad

O atual prefeito larga em incômodo terceiro ou quarto lugar na preferência dos eleitores em pesquisas prévias. Contrariando a fama de quem está no poder estaria no topo das disputas por reeleição, reflete a baixa popularidade de seu governo. Distribuiu ciclovias na cidade com idéia de massificar o uso da bicicleta como meio de transporte, avançou consideravalmente na criação de faixas de ônibus em vias importantes como o corredor Norte Sul e com isso melhorou o tempo de chegada de grande parte da população aos seus empregos. Reduziu a velocidade nas marginais mas não provou que isso reduz o nivel de congestionamento nos horários de pico. Criou o dia do lazer em ruas de bairros da cidade aos domingos.

Faz campanha dizendo que fez muitas coisas, mas que não investiu em propaganda para usar o dinheiro em outras áreas. Entretanto, algumas realizações do prefeito ele fez questão de aparecer pessoalmente para ganhar espaço na midia. Confrontou a lei cidade limpa iniciando a autorização para criação de pontos de ônibus com propagandas. Ganhou destaque também a legalização do Uber confrontando os taxistas. Criou o taxi preto e revolucionou autorizando a transferência oficial da autorização para taxista com a módica taxa de R$ 9 mil pagos à prefeitura. Instituiu uma avalanche de radares, muitos propositadamente escondidos atrás de viadutos e na saída de faixas de ônibus. As ciclovias não massificaram e ainda geraram acidentes fatais que o fez se afastar da obra. Alguns trechos foram desviados conscientemente para que não atrapalhassem residências de familiares de aliados, como o do próprio secretário de transporte.

O programa Hora Certa para agendamento de saúde exibe falhas fortes com falta de agendamento de consultas e horários das marcações oficiais do programa diferentes daquelas anotadas nos cartões dos pacientes provocando problemas de demoras nos atendimentos nas unidades básicas. 

Então...

Bem, como eu falei são minhas opiniões. De quem viveu a experiência de ter conhecido cada um deles do ponto de vista que sempre estive, do povo. Não quero fazer julgamento de juizo e nem opinar quem é bom ou ruim, mas apenas mostrar que todos são politicos comuns com boas sacadas, mas também com grandes derrapadas. Há os politicos não tão profissionais, mas que também se mostram com a guarda frágil e ainda não inspiram total confiança. 

Vale assim o julgamento de cada eleitor afim de decidir por quem se identifica melhor.

Bom voto!!



sexta-feira, 27 de junho de 2014

Um ano sem meu amigo. Iki, tenho saudades...


Hoje eu abro meu espaço do blog para um momento muito especial para mim, render um tributo a um Amigo, um Filho, um Companheiro fiel e inesquecivel. Meu golden retriever, chamado Iki.



Exatamente 1 ano atrás, em 28/06/2013, lutávamos juntos em virtude de um derrame cerebral sofrido por ele em que parecíamos vencer...parecia apenas. Ele faleceu alí na mesa da clínica veterinária após outra grave crise. O que dizer do Iki? Que mesmo 1 ano depois, eu continuo sentindo sua falta. Ainda lembro da escolha que ele fez à nossa familia. É verdade. Não fomos nós que o escolhemos, mas ele que se aproximou e pediu para ser pego no colo. Foi paixão à primeira vista. Foram ainda 30 dias esperando o final do periodo de vacinas para depois vê-lo entrar pela porta de casa. 

Estávamos em Joinville/SC, familia nova, recém chegados e a presença dele nos garantia não mais sair de casa para viver em um apartamento. Ele fazia parte de nossa liberdade. Ocupava rapidamente os espaços da casa e se aproximou carinhosamente do Snoopy, um calopsita que adorava mostrar ao Iki que chegou primeiro e merecia respeito. Algumas bicadas no focinho depois, ele aprendeu realmente a lição e da boa convivência. Saímos à busca de uma cama para o Iki, afinal a chuva era companhia frequente em Joinville e assim ele dormiria na lavanderia, dentro de casa. Uma saída ao Angeloni do bairro América e na pet shop do térreo, uma macia e enorme cama compramos, já pensando no tamanho final. A cama foi um divertimento por anos para ele. Ainda filhote um momento inesquecivel. A teimosia dele em não largar a vassoura na limpeza de casa, o fez ser fechado temporariamente no banheiro, como forma de permitir a limpeza. Aceitou? Ficou calminho? kkkkkk. Quando aberta a porta, lá sai aquele gordinho dourado puxando a ponta do rolo de papel higiênico pela casa toda e quanto mais era chamado, mais corria e se divertia. Sabedor de onde sua ração era guardada, chegada a hora da comida, se postava sentado e latindo em direção à porta do armário e dalí só saía para ficar em pé ao lado da pia, babando, enquanto seu prato era preparado.

Crescendo rápido, depois de liberado pelo veterinário, começou a viajar conosco, para São Paulo e para Penápolis e sempre fazendo sucesso pelo caminho. Um orgulho. O Iki mostrava seu sentimento de alegria por nos ter por perto. Fazia questão de sentar imediatamente ao nosso lado à distância do mimo. Não se podia abrir a porta do carro, que já queria entrar e se entrasse, tinha que passear alí e foram muitos passeios.

Quando passou a ficar mais sozinho durante o dia em casa, por causa de nossa nova rotina de trabalho, mostrou sinais de depressão. Em um aprendizado com especialistas, uma hipótese, a de que ele precisava de um companheiro. A busca pelo companheiro ideal chegou ao Shyriú, um pastor alemão aprovado de bate pronto, por nós e muito mais por ele Iki.





A partir daquele dia um não vivia sem o outro. Ao longo de 6 anos de convivência, pude presenciar apenas 2 momentos de rápido desentrosamento entre os dois. A parceria e sincronismo entre eles dois e nós, tornava o ambiente familiar muito gostoso. Mesmo crescido, jamais o Iki deixou de lado a esperteza em fazer "arte". O preferido era ir buscar seus brinquedos que escondíamos dele. Nunca deixou de encontrar e quando não sabia como pegar, abria a boca a latir e a apontar para que alguém fosse lá pegar e entregar para ele. A familia toda aprendeu isso e era só ouvir o Iki latir que alguém saía para ver o que ele queria pegar. 



Nos mudamos para Penápolis/SP e alí, como o bairro era novo, com muito espaço ainda sendo construido, tanto o Iki quanto o Shyriú passaram a ter espaço para poder andar solto por longos gramados, durante os passeios. Logo os meninos encontraram também mais diversão e fidelidade com nova parte da familia. Em uma fase de transição de cidade e convivência, passamos a ser mais presentes em casa e isso aumentou o grau de percepção e entrosamento entre nós e os meninos. Entretanto, um local assim, ainda escondia segredos perigosos. O Shyriú quando via algo que não conhecia, inteligentemente se afastava, mas o Iki era o curioso elétrico. Ele queria conhecer tudo, tocar, cheirar e em determinado momento deste, foi envenenado pelo toque em um sapo. Demoramos a entender o que se passava e o pior, era um domingo à noite. A busca urgente pela lista telefônica e por sorte, uma veterinária que fazia o acompanhamento de animais internados na clínica, nos atendeu na emergência e os desintoxicou. A primeira vez que ele gladiou com a morte e venceu...venceu aquela batalha.

A vida volta ao dia a dia, mas momentos difíceis familiares vieram e com estes a separação da família. Tratados sempre como filhos por nós e por toda nossa família, optamos de que os meninos ficariam comigo. E em uma outra viagem, vieram comigo para São Paulo. Muito bem educados e carinhosos, facilmente se adaptaram ao lugar. Ambos continuaram sempre muito próximos a mim. Eles me faziam construir um novo alicerce e a proteção era recíproca. O Iki, por ter uma característica de se manter próximo sempre e chamar atenção para sí, me fazia ocupar o tempo de um modo especial.



No começo ainda era um momento pessoal extremamente difícil para mim para me adaptar à nova fase da vida e à busca por novos projetos profissionais. Nos momentos emocionais complicados, em que eu me retirava para um pequeno laboratório de informática que montei nos fundos da casa (que também era o quarto deles), afim de curtir alguns momentos sozinhos, via o Shyriú deitar-se perto de mim, mostrando sua fidelidade eterna. Do outro lado vinha o Iki, que após correr para buscar uma de suas bolinhas, deitava a cabeça em meu colo e me olhava nos olhos com as orelhas baixas, pedindo meu carinho. Era o companheiro que sentia meu momento. Mesmo gesto que repetiu quando me viu sentir dor na morte do Snoopy, outro companheiro de 5 anos. 

A retribuição vinha em divertimento frequente, escovação, passeios, que eu dividia com meu irmão e o que ele mais amava, banho e ser mimado.



Os momentos melhoravam e com isso a maior aproximação e convivência entre nós. Sempre foi gostoso, ver que ao chegar a noite, lá estava o Iki deitado na porta da sala, esperando que eu acompanhasse até sua cama. Era assim toda noite. Pela manhã, lá estava ele arranhando a janela do meu quarto, lembrando que já estava de pé. Com ele, meus horários eram sempre os da semana útil e me acostumei tranquilamente a isso.

Em 2013, uma comemoração especial por seu aniversário, nunca esquecido e como em todas as fotos que ele tinha, ele gostava de estar alí sendo clicado e se mostrava feliz com o mimo. O clique feliz da foto parecia representar o futuro que nos esperava, eternizando imagem tão linda.



Quando eu chegava do trabalho, o Shyriú logo se aproximava feliz, mas atrás lá vinha o Iki correndo muito rapidamente, buscando uma bolinha, das várias jogadas pelo quintal, para ficar na boca, ultrapassar o shyriú e me esperar pegar e jogar a bola para ele. Sempre foi assim e deixava meu fim de dia reconfortante. Por ironia, foi em um momento assim que percebí que algo acontecia de errado. Determinado dia, cheguei em casa e vi o Shyriú demorar, mas vir ao meu encontro sem tanta alegria. Guardei o carro e passei a chamar o Iki, ainda despreocupado. Caminhando para dentro de casa, vejo o Iki saindo lentamente do laboratório. A cabeça torta e faltava equilibrio. Rapidamente a corrida ao veterinário e o imediato diagnóstico de AVC. Uma nova rotina se iniciava, a de terapia. A perda temporária de visão e a dificuldade de locomoção não refletia a vontade que ele mostrava de querer vencer. E ele vencia. Nós vencíamos. 



Me dediquei a buscar ferramentas para ajudar na recuperação em casa e locomoção. A sua morada se mudou para meu quarto aonde eu podia observá-lo à noite. Na clinica, o processo de recuperação causava surpresa, mas em nenhum momento se escondeu da possibilidade de recaída. Como eu disse, ele lutava e tinha o carinho de todos à sua volta. O amigo Shyriú, em uma imagem de tamanho amor pelo Iki, deixava de lado correr ao portão de casa, como fazia sempre, para ficar alí sempre do lado do irmão, do companheiro, visão que mais dava forças para compreender o sentimento daqueles entes tão importantes para mim e ajudar nesta nova luta.



E quando tudo caminhava para recuperação, uma grande crise veio. A corrida para a clinica, atendimento rápido, mas desta vez não conseguimos...O Iki se foi. Na minha frente ainda vejo seus ultimos lampejos de luta e quando escrevo isso, hoje me pego sentindo tudo de novo. Dor, Emoção à flor da pele e aos olhos...as lágrimas. Inevitável. Meu Amigo, Filho e Companheiro fiel, o doce Iki, partiu do nosso convívio.

Tristeza vista que em 6 anos de convivência o Iki jamais me deixou viver. Sentimento de perda incomparável. Nos dias que se seguiram, a observação me fez ver o Shyriú distante, desligado e passamos a nos ter ainda mais perto. Preencher o tempo era importante tanto para mim quanto para ele. A alegria surgia com as lembranças das peraltices, do papel higiênico quando filhote, dos jornais "lidos" com os dentes pelo Iki, do jardim sempre bem "assistido" de perto pelo focinho, do sofá de couro que não aguentava incólume o pula pula do Iki para subir, dos conectores de fios em que ele me "ajudava" a dar um jeito, retirando-os com a boca, mas principalmente da lembrança pela felicidade que eu via ao chegar em casa.  

Algum tempo depois, por um feliz e grato presente de um Amigo, eis que um novo golden entra na familia, o Boomer. Como o Iki fez um dia, este também se fez presente a ocupar seu espaço e o mais importante, conquistou trazendo a parceria de volta ao Shyriú. Completado 1 ano de idade, o Boomer cria lindas imagens em nossa mente diariamente e enche de alegria ao dia a dia da familia, mas seu momento próprio, será descrito em um outro post. 

Aprendi à duras penas que não tenho que guardar na memória os momentos dificeis do Iki, mas sim aqueles felizes. A você Iki, aonde esteja, lhe rendo este tributo em sua homenagem. Minha prova de Amor e Saudade eterna. Agradeço a Deus por ter colocado ente tão importante em cada momento em que fez parte de nossas vidas e sei que não falo só por mim.



Fica com Deus garotão. 

Bjs do Papai.




quarta-feira, 25 de junho de 2014

Jeito fácil de fazer Root em seu smartphone android.

Olá Amigas e Amigos!

Desta vez vamos falar de uma dica importante para quem quer dominar todas as ferramentas de seu celular smartphone android. Vamos conhecer um pouco sobre como fazer root em seu aparelho.

O que é Root? Por quê fazer root?

Sem usar os termos técnicos amplamente divulgados na net, eu diria a você que fazer root é tornar-se administrador de seu aparelho. Quando você compra um aparelho ele vem desbloqueado para uso de chip de qualquer operadora, porém ele vem travado em seu software, para que algumas mudanças sejam impedidas de ocorrer e assim evitar que um mau uso possa comprometer a estabilidade do sistema e inclusive inutilizar totalmente o aparelho.

Um exemplo deste bloqueio é o fato de que alguns aparelhos não permitem que você instale aplicativos em cartão de memória, mas apenas na memória interna disponivel originalmente no celular. A opção de instalar em local diverso é excluida do menu de configuração do android.

Importante destacar que fazer Root perde a garantia do aparelho. Pense nisso antes de avançar nesta leitura, mas se já tiver tomado sua decisão, vamos em frente.

Há vantagens em se fazer Root?

Eu entendo que sim. Fiz em todos os aparelhos que tive e de amigos. Fazendo o root no aparelho, lhe será possivel instalar, por exemplo, um aplicativo chamado Link2sd, que lhe permitirá, aumentar o espaço de memoria do aparelho, separando uma parte do cartão SD. Este aplicativo permite criar um link, em que os aplicativos instalados na memoria interna do aparelho sejam transferidos para o cartão SD, sem que o sistema seja afetado. Assim será o fim de falta de espaço e lentidão. Deste modo, mesmo que aparelho entenda que está baixando para dentro de sua memória, na verdade o link2sd está transferindo o aplicativo para o cartão sd.

Você poderá otimizar o processador de seu celular de forma a deixá-lo mais rápido e personalizado ou instalar aplicativos que lhe permita aumentar em muito a vida útil e tempo de carga de sua bateria.

Muitas outras opções são dadas ao administrador de um celular com root. Alguns aplicativos só funcionam se esta permissão estiver presente no aparelho.

Como fazer Root?

Como bom curioso que sou, pesquisei e usei vários caminhos para fazer em vários equipamentos originais de marca e chineses, com várias versões de android, desde 2.2, 2.3 até os recentes 4.1 e 4.2. Na internet existem meios chamados simples, que geralmente funcionam com as versões mais antigas do android, como o aplicativo Z4root que faz o processo diretamente no celular, mas ele funciona apenas até a versão 2.3 do android. Existem na internet também, processos extremamente complicados, cada vez mais personalizados para aparelhos e que exigem muita paciência e um bom nível de conhecimento do usuário, de forma a evitar travar seu equipamento.

Os modos mais eficientes são efetuados por meio de um PC, conectando-se o celular a ele, mas para que isso funcione o computador precisará reconhecer o celular e instalar corretamente seu driver, pois em caso contrário, o programa não conseguirá identificar o aparelho a ser rooteado. Esse é o calcanhar de Aquiles, os drivers, principalmente quando o celular em questão não tem um cd de instalação, situação muito comum. Mesmo com tudo bem feito, ainda assim alguns aparelhos não conseguem ser rooteados com os melhores programas do mercado, mas para estes também consegui sucesso no fluxo que compartilho com vocês, originais e chineses. Na opção que damos abaixo, este procedimento complexo é bastante simplificado e com ótimo resultado.


*************************************************************************************************************
ATENÇÃO: Como foi dito aqui o Root lhe concede permissões de administrador em seu aparelho e se mau utilizado ou aplicado o processo, poderá lhe trazer consequências ruins ou travamento de seu equipamento, além da perda da garantia do fabricante. Assim, se estiver decidido, siga corretamente os passos, mas tenha a certeza de fazer por sua única responsabilidade.
*************************************************************************************************************

Vamos ao jeito fácil então?

Nas minhas buscas encontrei apenas um caminho que foi eficiente para todas as versões, das mais antigas às mais recentes e para uma gama bem generosa de aparelhos diferentes, usando o "Snappea" e o "Root Wizard".

Primeiro, entre no google play e baixe o aplicativo Snappea ( Veja o caminho aqui ) em seu celular. Em seu computador baixe e instale o Snappea para PC (Baixe aqui). O Snappea é um gerenciador de celular, mas que funcionará aqui também para ajudar o PC a reconhecer seu aparelho. Também baixe e instale em seu PC o Root Wizard (Baixe aqui). Recomendo criar ponto de restauração antes de instalar os programas, para o caso de haver algum tipo de incompatibilidade, ou mesmo, caso deseje removê-los após o processo concluído no celular. Não tive problemas com eles usando máquinas com windows 7, 32 e 64 bits e o Snappea é um bom gerenciador para qualquer momento.

Separe o cabo USB de seu celular, mas não o conecte ainda. Certifique-se de ter um bom nivel de bateria para que o processo não seja interrompido. É importante destacar que o android pode ter sido personalizado pelo fabricante e alguns caminhos citados no roteiro estejam diferentes, mas em geral eles são básicos e não devem fugir muito do que se passa aqui.

Vamos lá:

1 - Em seu celular acesse o menu de configurações e procure por opções do desenvolvedor;

2 - Marque a opção de Depuração USB, marque também a opção de Permanecer ativo e  Marque a opção de Permitir Fontes ficticias. Se o celular pedir confirmação, confirme;

3 - Abra o Snappea no celular. Ele aparecerá uma tela inicial em branco, com o logo do aplicativo e com uma tarja verde pedindo que seja conectado via USB. Mantenha ele nesta tela e não deixe-o bloquear a tela com sua senha;

4 - No computador abra o Snappea do PC. Ele aparecerá uma tela inicial a visão de uma tela de celular, mas pedirá que se faça uma conexão com um aparelho;
 
5 - Conecte o cabo USB em seu celular e então conecte-o à porta USB de seu PC;

6 - A mágica começará. Aguarde e verá que o Snappea do PC passará um tempo reconhecendo o seu aparelho e então ele mesmo fará a instalação do driver correto. Isso pode levar alguns minutos, por isso seja paciente. Não vi mais do que 5 minutos, mas em algum momento pode lhe parecer que ele está travado, mas não está. Deixe o computador trabalhar e evite de usá-lo para outras tarefas enquanto faz a instalação do driver.

7 - Acompanhe as mensagens no rodapé do aplicativo. Quando o Snappea terminar, você verá na tela do PC, exatamente a tela de seu celular e os menus de gerenciamento ficarão ativos no Snappea do PC;

8- Agora abra no PC o Root Wizard. Você verá uma tela chamada Root Gênius. Aguarde. Ele fará um reconhecimento do aparelho e lhe deixará disponivel o botão "Root". Clique neste botão e aguarde. Fique por perto em todo o processo e olhe para o celular, porque o aparelho poderá lhe pedir mais de uma vez, permissão para instalar o Root Genius que é o produto do programa, autorize;

9 - O processo deve levar cerca de 5 minutos ou menos e depois de pronto você verá na tela do computador o botão "Rooted", indicando que o processo foi concluído com êxito.

Você não precisa reiniciar o equipamento como alguns processos mais complicados exigem. Está tudo pronto. Foi instalado em seu equipamento o King user, que faz exatamente o que o Super user faz. Se quiser testar, baixe no google play o aplicativo Root Checker e ele vai confirmar se há Root em seu aparelho.

Agora é curtir seu dominio no aparelho. Use com responsabilidade e boa sorte.

Até a próxima.

 

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Há legado para a copa?

Olá Amigas e Amigos!

Sete anos atrás quando veio o anúncio do Brasil sediar a copa do mundo de 2014, como boa parte dos brasileiros, dividi um sentimento de desconfiança com um pitaco de alegria. Por quê desconfiança? Se olharmos para o Brasil naquele ano víamos tantas coisas frágeis e nem falamos de estádios, que por aqui estavam por toda parte, mas sim de política de transporte em massa para estes locais, já que a décadas temos falta de investimentos adequados neste setor. Falamos de saúde que sequer atendia de forma adequada as emergências locais, sem contar o aumento no tempo do evento e de muitas outras fragilidades. Falamos também em investimento em segurança, adequação das forças policiais, com níveis de preparo muito desiguais pelo país pouco experiente em eventos internacionais de massa. Afinal, os estádios são o topo do processo e todos sabem que para se atingir ao topo temos que passar pelos alicerces antes...bem, no Brasil alguns dão seu jeitinho para instalar altos investimentos no topo, com alicerces frágeis que podem ruir a qualquer tempo. Impera a visão dos políticos de que obras são aquelas em que se podem tirar fotos e ter o nome de alguém e temos especialistas nisso, boa parte no poder executivo.

O sentimento de alegria de sete anos atrás vinha em parte do orgulho nacional e da expectativa que com aquela conquista, o governo federal iria puxar a responsabilidade para sí, como fez com tamanho afinco para buscar a copa, liderando altos investimentos em infra-estrutura e qualidade para os serviços essenciais, que exigiam o evento, com a certeza de que tudo ficaria como legado ao povo, passada a copa. Se tudo funcionasse direito, teriamos um tempo suficiente para que o povo visse as melhorias e se contagiassem com o clima, festejando a apoiando, envolvido com a festa.


Aconteceu a liderança do Governo Federal?

Não foi o que vimos. Vimos que sequer o Brasil tinha planos para saber aonde fariam seus jogos. Na cabeça dos políticos despreparados, passava de que bastava apenas alguns ajustes nos estádios com dezenas de anos de idade, que tínhamos e tudo estaria pronto, coisa fácil e simples, afinal somos o país do futebol. Somos? A Fifa veio então com o contrato e suas exigências e em outras palavras "joguem tudo o que tem fora e façam de novo".

Os políticos centraram nos estádios. Foram anos em que só estádios importavam. Muito tempo discutindo se o Morumbi poderia ser reformado e só muito tempo depois, com a intervenção direta do presidente da república, se decidiu por um estádio que sequer possuía área definida. Decidindo se o Maracanã teria que trocar ou não a cobertura e de R$ milhões, logo se passaram a altos R$ bilhões em orçamento. Aí apareceram os profissionais de obras de plantão e altas cifras foram obtidas do BNDES para a construção de estádios. Em São Paulo nenhuma outra opção seria aceitável pelo governo federal, embora existissem aqui vários estádios em posição confortável ao povo devido à sua localização, para que pudessem ser viabilizados, seguindo critérios como foram definidos no Maracanã e o Mineirão, estes prontos com praticamente 1 ano antes do estádio incompleto paulista. A aceitação passiva do governo paulista pela escolha, não parece ter sido acompanhada de um raciocínio coerente, mas talvez por força política de investimentos federais em outras obras de interesse local. Foi uma questão de honra para o governo federal ter todos os estádios prontos, porém, nenhum dos governos teve a mesma preocupação e desejo de honra para as obras dos alicerces.

Os nossos transportes de hoje são exatamente os mesmos de sete anos atrás. O tal trem bala, Campinas -> São Paulo -> Rio, sonhado como excelência, sequer saiu do papel e só Deus sabe se sairá. Os famosos monotrilhos ou VLT, não tem nenhum pronto e a maioria com obras ainda na metade, contando com o risco de virarem apenas isso, esqueletos pós copa. Os hospitais e prontos socorros sequer tiveram investimento especial e continuam no desprezo, pior com mortes à sua porta por absoluta falta de preparo de atendimento em recursos humanos e materiais. As linhas de ônibus em via exclusiva, quando apareceram foram em trechos maquiados dividindo espaço com outros veículos comuns, criando pontos de trânsito e acidentes. Escolas que poderiam talvez, até ensinar línguas estrangeiras ao menos básicas, mas vemos que algumas sequer tem paredes e local adequado para funcionar, um abandono total. Policiais mal pagos para colocarem suas vidas em risco todos os dias. Profissionais com baixo valor de reconhecimento pelo governo em todas estas áreas de suporte essencial. Olhando os aeroportos vimos esqueletos de obras para todo lugar e para os que receberam melhorias, ou desabam goteiras em chuvas ou estão a léguas de distâncias de onde o povo deveria chegar em peso. Tudo feito às pressas.


Tem gente ainda Feliz com os investimentos?

Sim, os empreiteiros e claro, os seus contratantes de quem sabe um dia venham à tona, com noticias não tão favoráveis sobre o processo. Se houvesse um plano de privatização das obras, quem arcaria com os investimentos seriam empresas privadas, mas como o próprio governo informou, não houve interesse de nenhum particular. Assim, para honrar o compromisso do governo federal o banco do povo o BNDES, abriu seus cofres e distribuiu altas cifras para empreiteiros que exigiam dinheiro para começar a trabalhar. E eles, profissionais da área e já escaldados por projetos de obra que viraram escândalos, não queriam assumir divida nenhuma, ao menos não queriam aparecer na foto. Queria que outros assumissem o mico, como aconteceu com o Corinthians na Arena Itaquera, o Internacional no Beira Rio e o Atlético Paranaense em Curitiba. Para todos os efeitos, são os clubes, os devedores e na verdade sequer são donos de seus estádios ainda. 


E o povo?

O povo assistia todos os dias as discussões pela imprensa sobre obras de estádios, políticos falando de projetos faraônicos que nunca saíram do papel e as condições básicas do povo se deteriorando cada dia mais, sem que ninguém assumisse o compromisso de bancar as reformas, tirando-as da pauta tanto política quanto da mídia. Não havia interesse pois era muito o que fazer nesta área.

O governo contava com a famosa aceitação do povo às promessas e isso foi um erro. O povo se organizou, foi às ruas. Pediu condições básicas, mas padrão Fifa também. A onda de protestos não foi por ser contra a copa pura e simplesmente, mas por ter sido esquecido nos alicerces que fazem o topo da copa. O governo, apoiado pelo alto investimento de setores importantes da mídia e de grandes corporações no projeto, de olho nos lucros de retorno, faziam questão diariamente de minimizar e camuflar situações criticas ao povo. Organizações que com seus altos investimentos que enriqueceram a Fifa apenas em troca de publicidade, não lideraram a vinculação de seus nomes a projetos sociais relevantes, pois não viam nisso o mesmo retorno. A exceção foi por uma marca mundial de refrigerantes que fez por sua conta a reforma de vários pontos comerciais no entorno de estádios e que ao final cobriu os imóveis com seu vermelho e branco clássico. Se o nome não aparece, a marca é reconhecida. Bairros e proprietários beneficiados com a gratuidade das reformas, lucram pela melhoria do aspecto visual e infra estrutura. A indústria irá faturar pelo retorno publicitário, o que outras empresas poderiam ter visto também. Entretanto, a grande mídia e a massa privada não se interessaram por criarem suporte ao povo.

Não teve jeito, nenhuma ferramenta de camuflagem sobrevive à organização do povo em um país democrático e coberto de comunicação livre como a internet. O povo foi às ruas divididos em várias organizações com suas reivindicações em todo o país e por vezes, com os grupos unidos. Infelizmente grupos de desordeiros oportunistas usaram de muitos momentos e da boa vontade dos movimentos, de se infiltrar e provocar o caos. Esta parcela não merece publicidade maior do que estas linhas, a não ser pelo fato de que muitos estão sendo processados pela justiça por várias cidades e no Rio, há 2 presos pela morte de um cinegrafista de TV. 


Qual o legado da copa para os brasileiros?

Os movimentos cresceram e são hoje o verdadeiro legado da Copa. Em ano de eleição, ganhe ou não o Brasil a copa, os políticos não terão como fugir. Se quiserem continuar em seus cargos terão que ceder e investir em políticas sociais mais fortes, na saúde, segurança, educação, transporte, moradia e muitos outros.

O legado não é o que pensávamos a sete anos, mas temos que mostrar que aprendemos como contratar nossos representantes para que quando assumam um governo, não façam do seu poder seu interesse local, mas o do povo. Estamos nos organizando, mas temos que mudar a postura e se mostrar presentes a cobrar antes que algo errado seja decidido, para evitar de apenas gritar quando já tiver ocorrido. Exigir os avanços sem maquiagem. Praticar a democracia.

Este é um ano importante de eleição. Foi em um ano assim que elegemos quem decidiu que uma copa e uma olimpíada seriam suas obras inesquecíveis. Vamos votar, mas não vamos anular ou votar em branco. Algumas pessoas entendem que estes são caminhos certos para protestarem e por se recusarem a eleger pessoas, que talvez pesquisas indiquem ser maioria entre quem vota. Entretanto, estes votos justamente favorecem e aumentam as chances destes candidatos serem eleitos. Isso se deve a uma manobra da lei eleitoral, claro, feita por políticos de olho nesta parcela rebelde da população. Então, vote sim, no seu candidato escolhido sem pressão ou medo da derrota. Se puder, convença as pessoas com opção de votar, como jovens e idosos, a irem votar também. Assim, continuamos com nossa organização e mostramos nossa força e construimos nosso eterno legado.

Até a próxima.

Abs.






domingo, 8 de junho de 2014

Por que recuperar coisas quando se pode comprar uma nova?

Olá Amigas e Amigos!

Um tom deste blog é o de compartilhar experiências e dicas. Algumas estarão ligadas à recuperar ou consertar, se preferirem, a funcionalidade de algumas coisas. A primeira publicada falou sobre a recuperação de peças plásticas, mas muitas outras estão em planejamento e preparação.


Por que recuperar um item quebrado se pode se comprar um outro novo?

Bem, primeiro porque dependendo da peça ela não seja assim tão fácil de ser encontrada ou mesmo pode ter preços extremamente altos. Claro, que há limites para estas recuperações, por exemplo, não se recomenda recuperar ítens relativos diretamente à sua segurança, mas uma surpresa é que fabricantes se renderam a estas ações e começam a patrocinar a recuperação de alguns destes itens, antes intocáveis por eles mesmo. Temos fabricas autorizando revendas a recondicionar amortecedores e até pneus. E por que eles entraram nessa? pelo custo até mesmo por eles na fabricação ou importação de ítens novos e que acabam por direcionar os clientes para estas soluções. Aquela tal verdade "Se não pode vencê-los, junte-se a eles". Apoiam a retifica de ítens caros como pneus e amortecedores de caminhões ou de veículos importados em geral, o que várias oficinas do mercado já vinham fazendo, algumas com qualidade duvidosas. Como são fabricantes de renome, imagino que saibam o que fazem.

Agora ítens estéticos basicamente podem ser recuperados. Para tanto, vários produtos ajudam a consertar muitos típos de ítens de diversas composições. Já há produtos que tiram risco de vidros ou mesmo recuperam trincados. Há também produtos que permitem soldar buracos ou rasgos em piscinas infláveis ou também colas que simulam a fixação por pregos e com excelente resistência ao peso, enfim são vários produtos no mercado disponíveis aos interessados, curiosos e necessitados. Muitos destes reparos podem ser feitos por você mesmo, atentando-se, em especial, aos cuidados de manuseio e limites de aplicação. Entretanto, para aqueles que optam, por vários motivos pessoais, em substituir integralmente o ítem quebrado ou sem funcionamento, esta decisão será sempre sua sem objeção alguma. Boa busca e boa sorte e há ferramentas ótimas para ajudar a encontrar referências na net, para praticamente tudo neste mundo. Se tiverem dificuldades para encontrar algo, avisem ao blogueiro que talvez possa ajudar, se não por sí, quem sabe contando com a ajuda de outros Amigos também.

Até a próxima pessoal.

Abs.

 

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Direito de greve: aonde começa e aonde termina?

Olá Amigas e Amigos!

Para você que ao ver o nome do post pensou em ser um trabalho técnico excelente para uma matéria de direito universitário, desculpe-me, não é, porém mesmo assim eu o convido a continuar lendo. A idéia aqui é discutir o direito de greve de forma prática no dia a dia de nossa população e não pela exclusiva análise objetiva de normas legais. Isso eu deixo para especialistas muito mais competentes neste caminho.

Todos os dias quando nos deparamos com um movimento de greve em diversos seguimentos profissionais, por vezes não temos um efeito direto em nosso dia a dia, quando, por exemplo, funcionários de uma fábrica metalúrgica param por aumento salarial. O acordo ou falta dele, afetará um grupo restrito de pessoas e de entidades, sem que haja, na maioria dos casos, prejuízos as pessoas alheias à greve, pois para estas a vida continuará normalmente. Por outro lado, somos nós, os alheios à greve, tremendamente atingidos quando o movimento se dá em um seguimento com participação direta no dia a dia da maioria das pessoas, como em transportes públicos, policias, da saúde e muitos outros. Sobre estes últimos, considerados serviços essenciais é que versaremos neste post.


Aonde começa o direito de greve?

Quando se fala em greve, o grupo que protesta e está parado explica-se sempre em defender seu direito de greve, mas o que é este direito de greve, quando ele afeta serviços considerados essenciais?

Pela parte da regra legal, em palavras simples, a greve, quando trabalhista é um direito garantido para que melhorias nas condições de trabalho, incluindo salários, sejam discutidas e acordadas. 

Agora, a nossa Constituição quando concede os direitos do cidadão, também deixa claro os seus deveres e aqui a nossa versão de greve está distorcida. O cidadão brasileiro por vezes afronta a classe política, por seus representantes, em inúmeras oportunidades, usar de artifícios egoístas de apenas defenderem os seus interesses e não os de quem deveria estar sendo defendido, mas quando vemos a maioria das manifestações de greve em nosso país, vemos que nossa sociedade está contaminada com a mesma ação que criticamos e imputamos aos políticos.

Falando sobre o direito do grevista podemos exemplificar comentando que os caminhos naturais de uma greve de determinada classe profissional, antecede-se por apresentação de proposta ao patrão, que faz sua contraproposta e devia-se chegar aí a um meio termo e um acordo, a tal negociação, porém quando isso não apresenta resultado e um dos lados não se mostra disposto a negociar, tende-se a ocorrer uma greve por parte dos profissionais, após a realização de assembléia representativa da classe. Neste momento, os grevistas entendem como "direito de greve" que todos parem. Então os grupos se organizam para evitar que alguém fure a greve e montam os chamados piquetes. Quem defende esta organização argumenta que o trabalho de alguns pode simbolizar falta de união e sinal de fraqueza, diminuindo o interesse do patrão em negociar e aumentar a pressão sobre os que estão parados. Uma visão compreensível quando sendo um piquete do tipo informativo e que visa convencer aos colegas pela adesão à greve.

Há contudo, aquelas greves que sequer são deflagradas, como as famosas "operações padrão" em que atos de burocracia são impostas à população sem necessidade efetiva, aumentando o tempo dispensado em todos os processos, mas que faz do profissional um legitimo representante do "poder" que ele possui na sua área.

No entanto, há um direito maior que o da greve, o direito de ir e vir, sem falar no da livre escolha do cidadão. Assim, se um ou mais trabalhadores entenderem que não aceitam participar da greve e desejam trabalhar, eles podem e este direito lhes deve ser garantido.  Quando o piquete é violento, do tipo que ameaça colegas e os impede à força de trabalhar, já não existe mais o direito de greve e sim abuso deste entendimento.

Fazendo a correlação deste piquete abusivo com a manobra de políticos, vimos que a conclusão em ambas as situações é a mesma, pois apenas se faz garantir o seu interesse próprio (da organização de greve) e não os da sociedade. 


Direito de greve sim, mas e os deveres ?

Começamos por falar que greve em serviços essenciais públicos, não tem a mesma liberdade de interpretação de áreas privadas. Alguns técnicos, entendem que este direito, sequer existe. Defendem que quando um profissional entra nesta área, assina termos reconhecendo a natureza do serviço que presta e se submete às regras legais rígidas que o norteiam. Eu não compartilho deste raciocínio. O autor deste blog tende a interpretar que serviços essenciais são feitos de pessoas e a rigidez de normas ou contratos de trabalho não é suficiente para extinguir o direito destes profissionais em reivindicar melhores condições de trabalho, mesmo por greve, pois escondendo-se sob as normas, pode o patrão também se entender intocável e ditador de regras com poder de imposição aos profissionais, como por exemplo, um congelamento salarial descabível, ou forçar os profissionais a cumprirem jornadas e responsabilidades muito além daquelas pelas quais foram contratadas e muitas outras situações que afetam até mesmo a saúde dos profissionais.

A greve não pode, entretanto, simplesmente começar sem que o fluxo natural de discussão tenha ocorrido e o mais importante, não pode de forma alguma ignorar os deveres legais que se impõem ao limite da greve.

Se olharmos ao passado desde tempos distantes até os últimos acontecimentos presentes, todos dentro do período democrático de nosso país, percebemos que os deveres dos grevistas são ignorados por estes de forma consciente e sem que haja preocupação por eventuais punições.

É comum, aliás regra, que quando uma classe de serviço essencial está em greve a justiça do trabalho intervenha, inicialmente em uma reunião de conciliação, mas que pode impor aos grevistas um limite ao seu direito de greve. Um exemplo deste limite é a exigência de que um percentual relevante dos serviços sejam mantidos em determinado período ou mesmo dias inteiros, tudo para garantir apenas o mínimo direito da população em ser atendida pelo serviço, mesmo que de forma parcial e precária. O não cumprimento seria então punido com multas diárias e até por hora, instituídas pela justiça do trabalho. Sendo definido pela justiça, isso é então um "dever", em outras palavras, não se discute, se cumpre.

No entanto, a classe grevista, em geral representada por seu sindicato profissional, agrega a sua própria interpretação de que cabe aos trabalhadores decidir pelo atendimento da justiça, quando o correto seria a liderança do movimento discutir sim as propostas dos patrões, mas "informar" da decisão da justiça a ser cumprida, o que não ocorre. Aqui o direito de greve dos grevistas deveria também ser compartilhado com o dever em consequência da greve, aos grevistas. Inflamados pelo momento do movimento e fartos de experiências anteriores semelhantes próprias ou de outras categorias, sem que a medida da justiça venha acompanhada de qualquer punição ao fim da greve, os profissionais simplesmente ignoram e em raríssimos casos, atendem a decisão da justiça.

Para mera analogia, vamos trazer este descumprimento da determinação da justiça a outras situações. Se a justiça determinar a um empregador que este deve indenizar um trabalhador e não fizer, não demora muito e um oficial de justiça penhora bens do patrão, penhora aliás muito comum também em cobranças de naturezas particulares ou tributárias. Assim, em um evento comum, sem comoção pública, o não cumprimento da determinação da justiça causa sim a punição e se esta não for cabível por meios materiais, pode levar o descumpridor à prisão, dependendo da natureza do ato.

No meu tempo de vida, desde a era democrática iniciada nos anos 80, não me lembro de ver um sindicalista sequer, preso por ter desobedecido à determinação da justiça do trabalho. Nem mesmo vem a público se cobranças das multas, por vezes somando-se milionárias, são efetivamente quitadas pelas categorias profissionais, mas a sensibilidade diz que não são, pois se fossem, qualquer uma das duas punições aqui citadas se ocorridas, por certo faria a liderança do movimento de greve pensar duas vezes e mudar seus métodos futuros, atendendo as decisões da justiça, o que não vem ocorrendo.

Recentemente vimos o movimento grevista da PM em Recife e o caos estampado na cidade, vimos também uma manobra de dissidentes do sindicato de motoristas da cidade de São Paulo, parando a cidade conscientemente no meio do dia e mais recentemente vimos grevistas do metrô em São Paulo, afrontando a PM pelo seu "direito de greve", quando este dito direito era o de obrigar a saída de outros funcionários habilitados que faziam o metrô funcionar, mesmo que precariamente. 

Então Amigas e Amigos, entendo que está na hora de grevistas de serviços essenciais, entenderem que tem sim direito de greve, mas que também precisam estar cientes de seus deveres para com a população e com a justiça. A categoria precisa estar ciente que atuando pelo mínimo imposto pela justiça, ainda está conseguindo provocar os efeitos negativos que forçam o patrão a negociar e se não podem contar com apoio integral da população com seu pleito, ao menos de parte desta, eles conseguem sensibilidade e reconhecimento, pois estão dentro da lei obedecendo ao que a justiça definiu. Quando ignoram o que a justiça do trabalho define, desprezam também o sofrimento causado à população e assim, o que ganham é apenas seu repúdio. 

Está na hora de a justiça do trabalho fazer valer a sua decisão e punir efetivamente e emblematicamente a desobediência. Quando a sociedade como um todo perceber que há punição pela falta de atender ao "dever", por certo outros atos de greve serão melhores pensados e estruturados a defender sim o interesse da categoria, mas organizados a garantir o mínimo de sofrimento à parcela de população dependente de seus serviços. Enquanto isso não acontecer, viveremos sempre com uma imagem de que em nosso país as leis somente valem para alguns, desprezando a direito máximo de que todos são iguais perante a lei, o que é uma contradição quando neste momento o país é governado por um partido político que praticamente instituiu as práticas modernas de greve em nosso pais quando era oposição e que hoje sofre do mesmo remédio, não por oposicionistas, mas por dissidentes criados e apoiados no passado pelo próprio partido político.

Abs e até a próxima.